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Este microbook é uma resenha crítica da obra:
Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.
ISBN: 978-65-8848-439-5
Editora: Luz da Serra
Fatalmente, não existiria vida sobre a Terra sem a presença dos bichos. Dependemos deles todos os dias. E isso não se resume aos pets de estimação, domesticados há milhares de anos.
Diariamente, abelhas fazem um trabalho de polinização que dá vida às flores de todo o mundo, consequentemente permitindo o consumo de alimentos que dependem deste processo. O plâncton carrega micro-organismos por meio das correntes marítimas para alimentar a vida em alto-mar. Já os primatas, com sua dieta rica em frutas, produzem fezes com sementes que germinam novas árvores, capazes de nutrir variadas espécies.
Ainda podemos falar em morcegos, pássaros, insetos e fungos contribuindo para a biodiversidade e o equilíbrio do planeta. Existe uma interdependência no reino animal muito mais inteligente e consciente do que qualquer algoritmo criado pelo ser humano para monitorar o comportamento no mundo digital.
Tudo isso acontecendo de forma natural há centenas de milhões de anos, contribuindo para nossa evolução e permitindo o desenvolvimento humano, mesmo sem pararmos para pensar na complexidade dessa cadeia. Sem o reino animal, não haveria homo sapiens.
Uma relação mais saudável com a natureza, tão explorada ao longo dos anos, é fundamental para que a vida sobre a Terra não se perca. Valores como a paciência, o respeito aos ciclos da natureza, a leveza e a necessidade de se aproveitar cada momento são expostos diariamente, mesmo que não paremos para pensar nisso.
Quando tinha apenas quatro anos de idade, Patrícia Cândido costumava enfiar a cabeça entre os bancos dianteiros do carro quando passeava com os pais. E uma de suas lembranças mais remotas de sua relação com os pets vem do tempo em que tinha aprendido a ler.
Certa vez, no trânsito, deu um grito forte: “pare”. Ao avistar a placa sinalizando um cruzamento, percebeu que ali estava uma indicação para evitar acidentes no fluxo de carros e motos. Para ela, era uma novidade capaz de ajudá-la a interpretar o mundo. E para ela, leitura remete automaticamente aos bichinhos de sua infância.
Desde pequena, a autora deste microbook parava para ler tudo o que via à frente. De jornais espalhados na sala a rótulos e produtos diversos. Tudo isso sempre com um cachorro ao lado, já que a presença de pets foi constante em sua infância. E os pelos ao redor faziam-na lembrar das letras, por mais que a relação não pareça tão óbvia.
De alguma forma, seus cachorros do tempos de criança até a adolescência influenciaram diretamente no gosto pela leitura e, futuramente, na vocação encontrada na escrita. Porque, ao notar um cachorrinho pedindo atenção, a escritora sempre remete àquela leitura de placas, rótulos e jornais.
Passado o tempo, ela nunca abriu mão de ter animais de estimação em sua casa. Eles nos estimulam, dão ânimo nos piores dias, ensinam a sermos mais gentis e atenciosos. E, por mais incrível que possa parecer, nossos bichinhos também impulsionam nossa vida pessoal e profissional adiante.
Ainda falando da infância, a autora sempre lembra os tempos em que seus padrinhos proporcionavam passeios divertidos e inesquecíveis para uma criança tão pequena. Naquela época, a autora era chamada pelo apelido de "aia", devido às seguidas vezes em que foi daminha de honra em casamentos de amigos e familiares de seus pais.
Padeiros, os padrinhos da autora foram escolhidos com muito cuidado para estarem presentes em toda a criação e educação da futura escritora. E sempre que surgem em suas lembranças, são recordados com sorrisos e muito carinho em seu coração.
Já nos primeiros anos de vida, era nítido o amor de Patrícia pelos animais de estimação. E nos momentos em que precisava ser distraída como qualquer outra criança, era presenteada com uma guloseima. A massa folhada crocante com uma salsicha no meio, que só sua madrinha era capaz de fazer, tinha o nome de cachorrinho, fazendo lembrá-la do animal que mais gostava e ficar animada.
Porque seus padrinhos mágicos sabiam que só um cachorro poderia deixar aquela menina sempre agitada um pouquinho mais quieta enquanto se deslocavam ou precisavam resolver coisas de adultos. A autora se aproximou ainda mais dos “dindos” depois da descoberta do salgado com nome de pet.
E ainda hoje, carrega na memória uma ligação de seus animais favoritos aos momentos mais agradáveis de seus primeiros anos de vida. Mesmo que apenas por uma guloseima batizada de forma a agradá-la quando criança. Esse é outro poder incrível dos bichos de estimação. Eles são capazes de nos transportar para fases da infância e da juventude, sempre trazendo à mente bons momentos com pessoas amadas.
Passamos da metade deste microbook para tratar de um momento difícil na vida de todos nós: a passagem da infância para a adolescência. Esta época pode ser um verdadeiro chute no estômago, como aconteceu com a autora por um breve período.
Se na infância ela andava entre bichos, conversando com cavalos e cachorros, na fase da puberdade precisou aprender que a sobrevivência entre seres humanos não é simples como pode parecer. E ela discorda quando se diz que existe gente pior que bicho. Porque para a escritora, ninguém pode ser chamado assim, nem mesmo os quatro meninos que passaram meses importunando-a na escola, fazendo de tudo para perturbá-la e deixando-a desanimada com a vida.
Determinadas atitudes são completamente humanas e os animais não são capazes de reproduzir. Eles não implicam uns com os outros gratuitamente, tampouco tramam para prejudicar iguais da própria espécie. Com eles, tudo é diretamente ligado apenas ao instinto, não à vaidade.
Entre nós, os seres supostamente racionais, é diferente. Quantas vezes você não se deparou com pessoas invejosas, maldosas e fazendo de tudo para rebaixar o próximo?
A vida real seria muito diferente e melhor se todos nos atentássemos a valores que os animais nos ensinam diariamente. Sem intrigas ou picuinhas, buscando apenas o bem-estar de toda a espécie e priorizando uma vida comum de prosperidade a todos. Assim são os animais, assim poderiam ser os humanos.
Já na fase adulta, Patrícia notou com mais atenção como sentia os animais. Era capaz de interpretá-los de forma única. De acordo com suas reações, conseguia entender se estavam bem ou mal, tristes ou empolgados, com incômodos que poderiam significar alguma preocupação mais grave.
Numa certa manhã, também percebeu o quanto esse talento de sentir os bichos, cultivado desde os primeiros anos de vida, poderia ser aproveitado em seus relacionamentos humanos.
Quando chegou ao trabalho, foi recepcionada por um colega de empresa. Sem que ele falasse uma só palavra, conseguia identificar com o olhar que havia algo oculto. A autora entrou em sua sala e imaginou que teria uma importante reunião com a diretoria. Nesses encontros, decisões importantes eram tomadas. Mas tudo parecia mais estranho, com uma gravidade incomum.
Foi quando recebeu a informação de que deveria ligar para alguém da família, já que seu pai não estava bem de saúde. Todos já sabiam de sua morte, menos Patrícia, cuja intuição não falhou. Caiu a ficha de que nunca mais falaria com quem tanto a ensinou a amar os animais, com quem aprendeu uma forma mais profunda de se conectar com a própria espécie humana.
Evidentemente, a perda do patriarca afetou sua mãe, irmã, além de todos os familiares e amigos próximos. Mas o legado do respeito a todas as espécies, aprendendo com cada uma delas para lutar por um mundo melhor, ficou para sempre. Esta missão de vida carregada por Patrícia é um legado que ela nunca irá esquecer.
A conexão dos animais com a natureza é gigantesca. Podemos reparar que até mesmo as estações do ano e as fases da lua são capazes de influenciar em seu comportamento diário.
Com o passar dos anos e o desenvolvimento das civilizações, o caminho humano se desviou. Diariamente, pensamos ser capazes de controlar tanto a natureza quanto os instintos e a ordem natural das coisas. É bom lembrar que, na prática, não existem animais domésticos. Todos são selvagens, mas foram domesticados, traumatizados e obrigados a reter as emoções. Isso vale para os bichos de quatro patas e também para nós, as pessoas.
Quantas vezes homens são chamados de fracos porque choram? Quantas mulheres são chamadas de desequilibradas ao exporem as próprias ideias? Enquanto os animais expressam tudo o que nasceram para ser, vivendo a totalidade de seus potenciais, seres humanos se limitam a caixinhas e prisões internas.
Entender isso e aceitar nosso lado selvagem também é importante para uma existência plena. Não tenha vergonha de rir, chorar, se emocionar e desfrutar momentos de diversão. Os bichos se comportam como nossos guardiões e dariam a vida por nós. Por isso, devem ser amados e protegidos porque nunca irão nos abandonar.
Mas, além disso, devem ser observados de perto para aprendermos a viver com menos amarras e mais respeito interno. Da mesma forma que a lua nova expressa o começo de uma era no calendário lunar, devemos colocar os animais como protagonistas de nossos dias, respeitando sentimentos e emoções, tirando lições que só os pets podem nos ensinar. Cada um de nós é capaz de viver uma era de mais empatia, com ensinamentos dos guardiões de quatro patas.
Desde pequenos, temos contato com animais de estimação. Enquanto alguns não os suportam, é comum ter crianças amando seus cachorrinhos ou gatos, com lugar cativo dentro de casa. Mais do que meros companheiros no lar, eles têm muito a nos transmitir. Ensinamentos que falam muito sobre nossa espécie podem ser tirados do convívio não só com os pets, mas com animais variados. Neste microbook, Patrícia Cândido deixou claro como os bichos funcionam quase como espelhos dos seres humanos. Muitas respostas estão ali, em seu comportamento respeitando a natureza, os ciclos e o passar do tempo. Tire suas lições e viva melhor.
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Escritora best-seller, também é filósofa, conferencista e autora de centenas de artigos na área de espiritualidade. CEO da instituição Luz da Serra, com sede na... (Leia mais)
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